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quinta-feira, 26 de maio de 2011

A rapidez dum Amor e Desamor

Num certo dia gélido, bateste à minha porta e com palavras doces pediste para abrir as correntes enferrujadas dos portões do meu coração. Tentei esquecer onde tinha colocado as chaves mas fizeste com que me lembrasse e rapidamente as fui buscar, sem pensar nos riscos que corria ao deixar ocupar a minha casa, sem pensar nas consequências dessa intromissão... quando me apercebi era tarde e não podia voltar atrás, fiz escolhas e opções que me prejudicaram mas que me fizeram sonhar que um Amor assim era possivel... Mas com a mesma rapidez que apareceste, também quiseste ir embora, com a mesma rapidez que surgiste em mim, também quiseste surgir em outra pessoa, com a mesma rapidez que gastaste a palavra Amor comigo, gastas agora com outra pessoa. Tudo se repete mas não em minha casa, em outra... mas espero que desta vez não seja assim tão rápido,tão penoso, tão cheio de promessas vãs... que seja realmente Amor, daquele capaz de vencer todas as batalhas, duvidas e moinhos de vento. Amor puro e verdadeiro como foi o meu por ti. A mim resta-me sair da casa vazia onde vivi... a minha casa era o teu coração...


... e resta-me esperar que todas as recordações se arrumem sozinhas bem fundo no baú e esperar que alguém volte a pedir para entrar... mas que não seja tão rápido, que seja forte e verdadeiro, doce e completo.

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